voltar

Bajado

Sem título

Óleo sobre
60 x 75 cm

Nascido em 9 de dezembro de 1912, com nome de batismo de Euclides Francisco Amâncio, em Maraial, Pernambuco. Seu apelido “Bajado” se deve a uma brincadeira, durante um jogo de bicho, um dos passatempos preferido na sua infância. Aos 13 anos, muda-se para Catende, Pernambuco, onde trabalha no cinema da cidade e cria histórias em quadrinho após assistir filmes sobre o velho oeste. Em 1930, mora um ano em Recife, produzindo cartazes e fachadas para diversas lojas. Desde cedo, demostrou talento para o desenho, cuja inspiração vinha do seu interesse pelo cinema, sua segunda paixão. Na época, Bajado não tinha dinheiro para comprar a entrada para o cinema e a solução era vender pão doce e bolinhos de goma feitos por sua mãe e sua avó. Quando deixava a sala de projeção, o menino pegava papel e desenhava em formato de gibi a história que acabara de ver.

A partir de 1934, Bajado instala-se em Olinda e passa a trabalhar em um cinema até 1950. Seu envolvimento com o Carnaval, aconteceu, de início fazendo grandes bonecos para os desfiles das troças Pitombeira dos Quatro Cantos, Elefante de Olinda, O Homem da Meia-Noite e A Mulher do Meio-Dia. Em 1964, participou do Movimento de Arte da Ribeira na cidade, onde passou a expor suas obras. Com a simplicidade de um homem humilde, sua pintura foi considerada “primitiva”. O artista realizou inúmeras exposições individuais e participou de mais de 100 coletivas. No Brasil, expôs em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre e Vitória. No exterior, participou de exposições na França, Itália, Espanha, Holanda e República Tcheca. Em 1994, foi homenageado com uma mostra internacional na sede da Unesco, em Paris, com a participação de diversos artistas internacionais. Hoje, seus trabalhos figuram em pinacotecas públicas e particulares do Brasil e do exterior. Logo que começou a pintar, seus temas eram populares, sobretudo, fixando suas pinturas em temas da cultura brasileira, como, o carnaval.. Em todas as suas telas, há de forma explícita: “Bajado, um artista de Olinda”.