Bruno Vilela

Bruno Vilela, nascido em 1977 em Recife, Pernambuco, é um artista visual brasileiro cuja obra se destaca pela fusão entre símbolos, mitos e arquétipos que unem natureza e cultura, em uma busca por um pensamento fundamentalmente psicológico. Sua trajetória artística começou nos anos 1990, grafitando em shows, bares e boates, antes de iniciar formalmente seus estudos em desenho de observação e pintura a óleo na UFPE, em 1993. No entanto, ele optou por interromper sua graduação para se dedicar às aulas do mestre japonês Shunishi Yamada, que considera fundamental em sua formação.

A obra de Vilela é um mergulho na desconstrução e realocação de mitos ancestrais, liturgias e imaginários religiosos, em uma tentativa de tornar visíveis as imagens do inconsciente. Desde 2010, ele se dedica a uma pesquisa que envolve fotografia, desenho e pintura, buscando uma relação mais profunda entre literatura e artes plásticas. Suas pinturas, segundo ele, contam histórias de uma mitologia pessoal, buscando criar uma obra atemporal, alheia às tendências contemporâneas.

De acordo com a curadora e pesquisadora Pollyana Quintella, “reunindo imagens de várias manifestações culturais, Vilela elabora um léxico próprio, tendo a natureza como constante protagonista. Onças, matas fechadas, densas florestas tropicais, folhagens, rios e barcos nos convocam a uma experiência imersiva. Diante de sua pintura, por vezes questionamos a noção de tempo histórico, como se a narrativa se situasse num suposto ‘estado primordial’ do humano”.

Com uma carreira consolidada, Vilela realizou diversas exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior, recebendo reconhecimento crítico e público. Seu trabalho está presente em importantes coleções públicas e privadas, e ele foi agraciado com diversos prêmios ao longo de sua trajetória.