Derlon


Warning: foreach() argument must be of type array|object, bool given in /usr/html/wp-content/themes/marcozero/single-artista-plank.php on line 29

Artista que emerge no universo da arte contemporânea brasileira como um criador que desafia fronteiras e ressignifica narrativas. Nascido no Recife em 1985, o artista tece uma obra que dialoga intimamente com as raízes culturais do Nordeste, sem se render a armadilhas nostálgicas ou folclóricas. Sua produção artística é um território de tensões criativas, onde a arte urbana, a xilogravura tradicional e as linguagens contemporâneas se encontram em um diálogo vibrante e complexo.

A estética de Derlon se configura como um exercício de síntese radical. Suas pinturas, predominantemente monocromáticas, privilegiam o embate entre o preto e o branco – uma escolha que vai muito além de um recurso visual. Cada traço parece condensar histórias, cada ausência de cor se transforma em um convite à imaginação. Influenciado por artistas como J. Borges e Gilvan Samico, com quem colaborou no 47º Salão de Artes Plásticas de Pernambuco, Derlon não apenas herda uma tradição, mas a reinventa constantemente.

Os universos temáticos de sua obra transitam por territórios simbólicos fundamentais: a religiosidade nordestina, as cosmologias populares, as texturas da natureza e os relevos do imaginário fantástico. Sua definição de “arte contemporânea popular” não é um slogan, mas um manifesto visual que dissolve as fronteiras entre o erudito e o popular, entre a tradição e a experimentação.

Reduzir traços, potencializar a comunicação visual e manter um peso expressivo que transcende a materialidade – eis os princípios que orientam a produção de Derlon. Sua entrada na Galeria Marco Zero representa o reconhecimento de uma trajetória que constantemente reinventa as possibilidades de narração visual brasileira.

No universo de Derlon, a arte não é um objeto contemplativo, mas um território de encontros e transformações. Cada obra é um convite para deslocar olhares, desestabilizar certezas e experimentar a potência de uma visualidade que nasce das margens, mas dialoga com o mundo.