Rayana Rayo
Recife – PE | 1989
A obra de Rayana Rayo nasce de processos profundamente pessoais. Suas pinturas, que evocam paisagens ou organismos vegetais, constituem um bioma próprio, que responde a experiências sensíveis e a elaborações subjetivas. Rayo parte de formas fundamentais e de uma paleta de cores rebaixada para criar fabulações em suas pinturas, das quais emergem formas que aludem a montes, ilhas, paisagens aquáticas e abissais, além de plantas, bichos e outros seres que se destacam do fundo e cintilam na superfície da tela.
De caráter onírico, suas representações não buscam correspondência imediata com o mundo exterior. Ainda que este seja sugerido em suas formas, para a artista, a pintura se afirma como um instrumento de materialização de memórias, desejos e experiências cotidianas, ao mesmo tempo em que estabelece diálogo com a tradição artística pernambucana.
Com uma trajetória intimamente ligada às artes desde a infância, dada pela convivência com o pai e com o circuito artístico de Pernambuco, Rayana Rayo passou a se dedicar à pintura em 2015. Desde então, teve exposições individuais na Galeria Travessía Cuatro, Guadalajara, México (2025); Galeria Marco Zero, Recife (2025); Casa Criatura, Olinda (2019); e Casa Vândala, Fortaleza (2018). Além de ter participado de exposições coletivas como A terra, o fogo, a água e os ventos – Por um Museu da Errância com Édouard Glissant, no Instituto Tomie Ohtake, São Paulo (2025) — ocasião na qual realizou a residência artística promovida pela Édouard Glissant Art Fund, na Martinica —; Entre colapsos e encantamentos, Galeria ReOcupa, São Paulo (2025); Surge et veni, Millan, São Paulo (2024); Invenção dos reinos, Oficina Francisco Brennand, Recife (2023); Solar nascente, Solar dos Abacaxis, Rio de Janeiro (2022), entre outras. Sua obra integra o acervo da Pinacoteca de São Paulo e do REC Cultural, em Recife.