Thiago Costa
Thiago Costa (1992), natural de Bananeiras (PB), pela Galeria Marco Zero. Sua recente indicação ao Prêmio PIPA 2025 reafirma a relevância e a urgência de sua pesquisa, que atravessa o campo da arte contemporânea com rigor conceitual e uma linguagem visceralmente poética e política.
Thiago Costa desenvolve uma estética atravessada pela escuta dos modos de dizer e fazer, que tensionam os limites entre oralidade e escrita, entre palavra e matéria. Sua produção recente investe em uma oralitura expandida — onde o poema não apenas se inscreve na linguagem verbal, mas se dá também como forma, gesto, imagem e presença sensível.
Seus procedimentos envolvem uma investigação minuciosa sobre os materiais, tensionando suportes e abrindo brechas para o que o próprio artista chama de “tecnologias de fuga”. Ali, a forma é sempre campo de disputa, não como solução, mas como ruína fértil e possibilidade de liberdade. As palavras – por vezes evanescentes, por vezes quase objetos – embaralham signos, afetos e memórias, e apontam para uma arqueologia da linguagem, para a coreografia de uma memória em disputa.